segunda-feira, 30 de novembro de 2015

O NOVO CÓDIGO DO PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO E AS BIBLIOTECAS

por Adriano Silva












Por solicitação superior, assisti ao curso “O Novo Regime do Código do Procedimento Administrativo” (CPA), em de Outubro de 2015, o qual se veio a revelar de interesse para as bibliotecas, por 4 princípios, nomeadamente:

“Artigo 11º Princípio da colaboração com os particulares:

1 – Os órgãos da Administração Pública devem atuar em estreita colaboração com os particulares, cumprindo-lhes, designadamente, prestar aos particulares as informações e os esclarecimentos de que careçam, apoiar e estimular as suas iniciativas e receber as suas sugestões e informações”.

“Artigo 12º Princípio da participação:
Os órgãos da Administração Pública devem assegurar a participação dos particulares, [...], na formação de decisões que lhes digam respeito”.

A colaboração e participação das bibliotecas com os particulares não deveria ser estranho às bibliotecas, de acordo com as Normas Portuguesas de Indexação e de Tesauros:
“A qualidade da indexação será tanto melhor quando mais direto for o contacto dos indexadores com os utilizadores (ponto 8.4 da NP 3715).
“Os especialistas de um determinado assunto devem também ser consultados” (final do ponto 10.3 da NP 4036).

Voltando ao novo CPA:
“Artigo 4º Princípio da prossecução do interesse público”.
Ora qual o interesse público nas bibliotecas? Para mim, é o público, e de acordo com muita bibliografiao que mais interessa ao público é: “1º o catálogo por assuntos”, até porque “muito raramente o leitor conhece os títulos correctos” (UNL).

“Artigo 5º Princípio da Boa Administração:
1 – A Administração Pública deve pautar-se por critérios de eficiência, economicidade e celeridade.
2 – Para efeitos do disposto no número anterior, a Administração Pública deve ser organizada de modo a aproximar os serviços da população e de forma não burocratizada”.

Ora a indexação pode ser feita por assuntos e/ou CDU. Qual forma escolher?

1º A CDU do Direito tem 30 páginas e a CDU de Saúde tem 90 páginas cheias de termos! Não é prático para o leitor (que não conhece a tabela de CDU) nem para o indexador, e a Qualidade da indexação depende da “competência do indexador” (ponto 8.1 da NP 3715). O que significa que se o indexador não é competente na matéria do documento, o leitor nunca mais encontra o documento… e muitas vezes os registos importados não têm CDU nem assunto…
2º Na mudança da 1ª para a 2ª edição da CDU portuguesa, os termos usados das classes de Religião e Literatura mudaram quase todos, sendo a atualização das grandes bibliotecas que possuem Depósito Legal problemática.

Que conclusão tirar do curso? Para atender os leitores (artigo 4º), as bibliotecas devem usar os assuntos, pela eficiência, celeridade e porque os assuntos são mais próximos da população que a desconhecida CDU (artigo 5º), sempre com a participação dos leitores na escolha dos assuntos (artigos 11º e 12º).


Porto, 14 de Novembro de 2015.

--
Bibliografia:

CPA: anexo ao Decreto-Lei nº 4/2015 de 7 de Janeiro.

NP 3715: Norma Portuguesa: Documentação: Método para a análise de documentos, determinação do seu conteúdo e selecção de termos de indexação. Lisboa, IPQ, 1989.
NP 4036: Norma Portuguesa: Documentação: Tesauros monolingues: directivas para a sua construção e desenvolvimento. Lisboa: IPQ, 1992.

UNL: “Nova Universitas”. Lisboa, Universidade Nova de Lisboa, ano 1, nº 1 (Set.1983), p. 15 (a UNL começava a organizar a nova biblioteca).

--


segunda-feira, 23 de novembro de 2015

O BIBLIOTECÁRIO NOS VEÍCULOS DE COMUNICAÇÃO



Sabemos que todo bibliotecário deve se especializar na área em que escolheu para atuar. Conhecer a linguagem de sua área, o comportamento e as necessidades de seus usuários, a rotina de trabalho de sua unidade de informação, estar aberto a novas experiências etc. E com o perfil do bibliotecário nos veículos de comunicação não é diferente.

O bibliotecário que atua na área da Comunicação, voltada para a TV, jornal ou publicidade, deve conhecer e saber utilizar de maneira adequada todos os serviços de informação prestados por esses veículos. Conhecer a linguagem da Comunicação, bem como as necessidades de seus usuários, constitui-se em fator primordial para o seu sucesso profissional. No entanto, é preciso ir mais além. Buscar aperfeiçoamento, seminários motivacionais, aproximar-se de seus colaboradores, participar ativamente da política organizacional, orgulhar-se do que faz, “vestir a camisa” da organização, por exemplo.

A dinamicidade é uma das características principais das unidades de informação inseridas nos veículos de comunicação. Isso significa que o bibliotecário que atuar nessa área terá que se adaptar a essa dinâmica. É preciso estar atento à velocidade com que se dá o ciclo informacional dentro desses veículos e, consequentemente, à crescente produção documental. São imagens fotográficas e em movimento, textos em linguagem natural, campanhas publicitárias, cartazes de divulgação, digitalização de documentos, mídias com conteúdos diversos a serem arquivados, enfim, o bibliotecário enquanto gestor necessitará ter competência para tratar esse leque de conteúdo informacional. Para isso, o bibliotecário deve estar atento e fazer conexões entre as informações que são veiculadas na TV, no rádio, nos jornais, nas revistas e na Internet, visando estabelecer relações que venham ao encontro da melhor maneira de tratar e gerir a informação.



Imagem disponível em: <http://goo.gl/ExYwoL>. Acesso em: 22 nov. 2015.

 
O tratamento dado a essa informação, e aos documentos em si, é bem diferenciado. É, na verdade, um trabalho realizado por uma equipe multidisciplinar, composta não apenas por bibliotecários, mas também por técnicos de informática, arquivistas, auxiliares de biblioteca, historiadores, administradores, publicitários, jornalistas, dentre outros profissionais. Contudo, o bibliotecário responsável pela unidade de informação deverá saber administrar coerentemente essa equipe multidisciplinar, além de dar uma “nova roupagem” às técnicas de indexação, catalogação e classificação, adaptando-as à realidade do ambiente e valorizando a sua profissão, ocupando, assim, o seu espaço na gestão da informação. Daí a importância, principalmente, das competências criatividade, inovação e trabalho em equipe.

Portanto, o bibliotecário que atue na área da Comunicação deverá se adaptar às mudanças e enxergar novas possibilidades em seu ambiente de trabalho e no fazer da Biblioteconomia. Criar políticas organizacionais, desenvolver novos serviços de informação, ser capaz de elaborar projetos ousados, estar atento à dinâmica dos veículos de comunicação, estar disposto a pesquisar novos produtos, novas ferramentas e softwares, dentre outras atitudes. Entendemos que essa deve ser a postura profissional do bibliotecário numa unidade de informação inserida em quaisquer veículos de comunicação, para que tanto os seus colaboradores quanto a sociedade como um todo reconheçam e valorizem a sua profissão, bem como toda a sua formação no ambiente acadêmico não seja em vão.

domingo, 22 de novembro de 2015

SUA BIBLIOTECA NO FACEBOOK: QUAL O MELHOR HORÁRIO PARA POSTAGENS?





Confira o oitavo infográfico da série Sua Biblioteca no Facebook: “QUAL O MELHOR HORÁRIO PARA POSTAR NO FACEBOOK?”
 
Estamos disponibilizando, por meio de #infográficos, a “receita de bolo” que fez o Mural crescer. Acompanhe!

Receba essas dicas também por e-mail. Envie seu endereço eletrônico ou use o aplicativo CONTATO disponível na página do MURAL.