quinta-feira, 31 de março de 2016

IDEIAS EMERGENTES EM BIBLIOTECONOMIA

Organizado por Jorge do Prado e publicado pela FEBAB, o livro apresenta experiências compartilhadas por diversos profissionais da nossa área, visando, assim, consolidar algumas das boas práticas em Biblioteconomia.


"Não espere textos rigorosamente acadêmicos, repletos de uma fundamentação teórica. Também não espere respostas às perguntas que ficaram abertas pelos autores, pois o intuito disso é que você reflita, se achar pertinente e, se quiser, contribua com o assunto numa página online dedicada exclusivamente ao capítulo." (Jorge do Prado)

segunda-feira, 28 de março de 2016

TODA BIBLIOTECA TEM UM PONTO FRÁGIL!


por Ana Luiza Chaves, Edvander Pires, Fabíola Bezerra e Juliana Lima


Toda biblioteca tem um “ponto” de fragilidade que requer atenção e cuidado. Você já pensou sobre isso? Vamos pensar juntos:
  • Você conhece o ponto frágil da sua biblioteca?
  • Esse problema é físico, material ou humano?
  • Se for humano, é causado por bibliotecários, auxiliares, terceirizados ou usuários?
  • É um problema crônico?
  • É facilmente percebido?
  • É visível?
  • É “contagioso”?
Conversando com uma amiga bibliotecária, falávamos exatamente sobre esse tema e de como é difícil trabalhar os pontos nevrálgicos de uma biblioteca. Geralmente, acarreta um grande desgaste de energia para a equipe, e principalmente para o gestor. Para a equipe, o desgaste está ligado a diversos motivos, mas um bastante comum e em que se há certo consenso é o fato de ter sempre aquele(a) colega, quer seja auxiliar, terceirizado ou bibliotecário, que nunca faz o seu trabalho como deveria e que acaba sobrecarregando os outros e comprometendo tudo o que foi conquistado com um bom trabalho, esforço, suor e sacrifício. É como se um castelo de areia ou de cartas desmoronasse no final de tudo, sabe?

Outro problema bastante conhecido por muitas pessoas é a escassez e/ou falta de materiais. Não tem nada mais deprimente do que economizar naquelas fitas adesivas que cobrem a etiqueta do livro, naquelas resmas de papel que chegam às vezes contadas e que mal dão para passar o mês, naquelas impressões que não podem ultrapassar uma certa quantidade mensal etc. Já passou por isso? Já pensou? Esses são apenas alguns exemplos de muitos que envolvem o quesito material. E isso sem mencionar as canetas! Há uma falta tremenda, e ainda fazem o favor de pegar as suas canetas e não devolvê-las! Certamente, alguém irá se identificar aqui (risos).

E, às vezes, o pior de todos os problemas que podemos ter numa biblioteca: humano. Sim. Não é fácil lidar com pessoas, mas é preciso que o bibliotecário esteja preparado para lidar com determinadas situações nesse quesito em vez de se esquivar trancado numa sala de processamento técnico. A gestão de pessoas está aí não apenas para ser estudada na teoria, mas sim para ser aplicada na prática! Alguns exemplos de problemas relacionados aos fatores humanos: o funcionário do guarda-volumes que nunca se fixa no setor e sequer segue os procedimentos corretamente e que acarreta grandes prejuízos à biblioteca; o mau atendimento ou indiferença no balcão de empréstimo – esse é o maior responsável por espantar os usuários das bibliotecas e campeão em formar a fama de “péssima biblioteca”; ter um péssimo gestor à frente da biblioteca também é um fator complicador, principalmente quando este coloca muitas de suas vaidades pessoais antes das reais necessidades da biblioteca ou quando não sabe lidar com mudanças, com o “novo”; e, por fim, porém não menos importantes, são os problemas com a infraestrutura, que podem ser desde a falta de acessibilidade até comprometimentos na estrutura do prédio, vazamentos etc. Outro problema que não deve ser negligenciado é a falta de treinamento dos funcionários, desde coisas elementares, tais como noções de bom atendimento, até procedimentos simples de conservação e preservação do acervo, utilização de extintores, como proceder em caso de incêndio, noções de primeiros socorros, dentre outros exemplos.

Como toda instituição, a biblioteca pode “sofrer” de problemas de infraestrutura ou de pessoal. Sob o nosso ponto de vista, o que acentua algumas dificuldades ou fragilidades de uma biblioteca é o fato de ser uma instituição que atende ao público.

Certas fragilidades da biblioteca precisam ser atacadas na raiz do problema, ou seja, não permitir que evoluam para um estágio insustentável nem que respinguem diretamente no público. Em situações-limite, é preciso maturidade, profissionalismo e discernimento, o que torna esse desafio ainda mais complicado, afinal bom senso e espírito de equipe é algo que nem todos têm, infelizmente.

A dica é tratar de reconhecê-las o quanto antes, ao primeiro sinal de desconserto, de desarmonia, de desequilíbrio e, usando o próprio contexto do dia a dia, compartilhar com a equipe, para que todos, juntos, possam mitigá-las e até exterminá-las, achando uma solução definitiva.

Uma instituição que atende ao público não pode se dar ao luxo de postergar um problema que afeta diretamente a sua clientela, porque, sendo ele de pequena dimensão, pode se agravar e se propagar de forma exponencial.

Você tem monitorado as suas fragilidades? Lembre-se de que um cliente insatisfeito, segundo pesquisas, faz um marketing negativo para no mínimo 11 pessoas!

segunda-feira, 21 de março de 2016

BIBLIOTECÁRI@, O QUE VOCÊ TEM FEITO COM O SEU TEMPO?



por Fabíola Bezerra

O TEMPO é o período em que ocorrem os acontecimentos, sejam do passado, do presente ou do futuro, o relógio só anda de forma crescente, parar o tempo é impossível, a melhor opção então é o usar o tempo em prol de algo que acredita e que gosta. Como o tempo só anda no sentido crescente, seria inteligente da nossa parte USAR o “tempo” a nosso favor, infelizmente não é isso que acontece durante as 24h do nosso dia. Como o tempo passa rápido, quando ficamos inertes diante do mundo, e vamos deixando o tempo passar, algumas vezes nos assustamos quando percebemos que já se passaram muitos anos.

Poderemos listar rapidamente muitos "vilões" que roubam nosso tempo: a televisão, o WhatsApp, as redes sociais, os jogos virtuais, usamos de forma tão aliciante alguns desses recursos que não percebemos que nos deixamos viciar por alguns deles. O pior que vejo nesses "vilões" é que eles querem, muitas vezes, condicionar a nossa forma de viver. Quantas vezes foram acordadas na madrugada por uma mensagem do WhatsApp? Já pensaram quantas vezes tiveram que parar tudo para “limpar” o cash do celular com as centenas de mensagens que recebem diariamente de diferentes grupos de que participam? Sei da vida de alguns amigos, mesmo passando muito tempo sem vê-los, agora se faz check-in na praia, no restaurante, no cinema, no posto de gasolina... É uma exposição muitas vezes desnecessária em que se cria uma vulnerabilidade perigosa.

Falamos de independência, lutamos por liberdade e estamos presos a mecanismos tecnológicos, estamos deixando sem perceber que outras pessoas resolvam nossas vidas e roubem nosso tempo. O WhatsApp criou um mecanismo que indica quem viu a sua mensagem, quem leu e quem respondeu, deixando o remetente fortalecido de informações que reforçam o sentimento de cobrança e de ansiedade. O destinatário, por outro lado, sente-se obrigado a checar o celular vez ou outra para ficar sempre atualizado. Tudo é muito e de forma abundante, acabamos nos ocupando com o que não deveríamos e não priorizamos a gestão do nosso tempo, perdendo muitas vezes o foco e o equilíbrio.

Gosto de poder decidir o que fazer com o meu tempo, administrar as minhas prioridades e as horas do meu sono, gosto de gastar o meu tempo planejando os meus projetos pessoais e profissionais. Comecei a pensar muito sobre isso quando caiu a minha ficha que muitas vezes saía do computador, por exemplo, no meio de um trabalho, porque estava na hora do jornal, ou porque ia começar uma novela ou um programa qualquer, mesmo que a hora não fosse conveniente. Um programa na televisão puxa o outro, com a assinatura dos canais fechados aí é que nunca mais saímos de frente da televisão.

Vamos sem perceber criando um GUP na nossa vida, vamos sem perceber deixando que as outras pessoas criem nossas agendas, vamos sem perceber ficando sem tempo para ler, para criar novos projetos, para planejar o futuro. Há alguns meses resolvi usar meu celular no silencioso, respondo todas as mensagens que recebo, mas no meu tempo. Procuro, na medida do possível, fazer gestão do meu tempo visando aos objetivos de vida e foco, tenho procurado criar rotinas atreladas a esses objetivos e usar de forma inteligente e racional, a meu favor, todos esses recursos tecnológicos de comunicação e informação que estão disponíveis, para que não atuem como "vilões".

Sonhamos em ser profissionais reconhecidos e respeitados, mas muitas vezes não priorizamos o nosso tempo. É preciso criar prioridades, a produtividade desejada implica deixar marcas, que, por sua vez, requer tempo...

segunda-feira, 7 de março de 2016

F... GOOGLE, ASK A LIBRARIAN!


por Edvander Pires


Dia desses estava eu realizando um levantamento bibliográfico um pouco complexo, pois era um assunto bem específico de uma determinada área em que comunidade usuária é bastante exigente (só para variar...). Fiz a pesquisa em “n” sites recuperados pelo Google (Acadêmico, Livros etc.), Portal de Periódicos da CAPES, Repositórios Institucionais, dentre outros, e todos os resultados apontavam que não havia nenhum artigo ou outro material bibliográfico até então publicado sobre aquela temática.

Utilizei todos os termos técnicos, palavras-chave e estratégias de busca possíveis para recuperar aquela informação, quando me deparei com um fórum de discussão (sim, uma fonte informal de informação) que disponibilizava o link do perfil de um autor, no Academia.edu, que havia escrito sobre o assunto; perfil este que, na verdade, remeteu-me ao artigo exato publicado em periódico científico da área! Foi uma felicidade só.

Quando finalmente encontrei um dos únicos artigos sobre a temática e o encaminhei ao usuário, lembrei-me imediatamente de uma imagem que há poucos dias tinha visto na Internet (inclusive postamos na fan page do Mural), daí eu disse a mim mesmo, em tom de orgulho pela nossa profissão (com todo respeito e devoção ao “tio” Google): “Fuck Google, ask a librarian!” ;-)

quarta-feira, 2 de março de 2016

VIDA DE BIBLIOTECÁRIO

Por Fabíola Bezerra

Assista ao primeiro vídeo da série #vidadebibliotecário, com a bibliotecária Fabíola Bezerra compartilhando um pouco das experiências de sua trajetória profissional ;-)