segunda-feira, 16 de maio de 2016

O QUE ATRAI O USUÁRIO?

Por Edvander Pires

Recentemente, três campanhas – sensacionais e que estão de parabéns, por sinal – nos chamaram a atenção nas redes sociais. Uma teve o objetivo de dar as boas vindas aos usuários no início do semestre, a outra esteve voltada a provocar no usuário a conscientização do uso da biblioteca, e a última, mas não menos importante, com foco na preservação do acervo.

Tais campanhas nos mostram a importância da linguagem da biblioteca universitária, assim como das bibliotecas de qualquer natureza, ser a mesma linguagem do usuário, pois, criar ações que o envolvam, só tende a propagar a boa imagem da biblioteca. Para além da ação presencial, as mídias sociais também estão aí para levar adiante ideias criativas como essas e que realmente têm como foco a atração do usuário. Assim, todos os protagonistas envolvidos saem ganhando: a biblioteca (ao colocar em prática o “marketing de serviços”), o usuário (que passa a entender a realidade e a rotina da biblioteca), e a instituição mantenedora (que vê os objetivos sendo cumpridos).

É preciso dar vez e voz ao usuário, razão para a qual os produtos e serviços de nossas bibliotecas existem. Um usuário envolvido e fiel à biblioteca vale até mais do que outros fatores que interferem no dia a dia do trabalho, pois ele interage participando, sugerindo, reclamando, elogiando etc., e esse feedback é salutar para desenvolvermos ações de melhoria. Usuário envolvido é aquele com quem a equipe da biblioteca mantém uma relação de atendimento personalizado, de fidelidade e de empatia (colocar-se no lugar do outro). E essas campanhas que mencionamos aqui nada mais são do que uma extensão do serviço de referência, que vai além do simples contato com o usuário a partir de uma necessidade de informação, pois a intenção é a de atraí-lo e envolvê-lo no ambiente da biblioteca.

É cada vez mais nítido que se foi o tempo em que bibliotecário atuava apenas como um profissional entre quatro paredes, atrás de uma mesa ou sob uma gestão alicerçada aos interesses únicos da administração. É preciso sim praticar o walking reference (tão bem explicado na obra de Jean-Philippe Accart), que nada mais é do que “sair do balcão de referência e ir atrás do usuário”, ao encontro dos seus anseios, necessidades, demandas e linguagem. E não foi isso que essas campanhas fizeram? Então, afinal, o que atrai o usuário?


--

Acesse as campanhas descritas neste texto:


CLIQUE AQUI e confira a campanha de boas vindas com a turma do "Suricate Seboso".

CLIQUE AQUI e confira a campanha "o que pode e não pode na biblioteca da Poli".

CLIQUE AQUI e confira a campanha "médic@s e enfermeir@s do livro".

Nenhum comentário:

Postar um comentário