terça-feira, 29 de setembro de 2015

BIBLIOTECAS INCLUSIVAS: MEDIANDO SABERES






















Venha refletir conosco sobre as habilidades e competências necessárias para @s bibliotecári@s trabalharem a acessibilidade nas bibliotecas. Reinvente-se como bibliotecári@ e crie oportunidades nas bibliotecas para pessoas com deficiência.

Essa é a proposta do novo projeto do Mural Interativo do Bibliotecário, que acontecerá quinzenalmente, sempre às terças-feiras, na fanpage do Mural no Facebook. Participe conosco!

Acesse <http://goo.gl/5S93RH> e confira o vídeo de lançamento do projeto.

segunda-feira, 28 de setembro de 2015

SUA BIBLIOTECA TEM MISSÃO, VISÃO E VALORES DEFINIDOS PARA ENFRENTAR MELHOR A CRISE?

por Ana Luiza Chaves



Na atualidade vivemos a era da gestão. Tudo deve ser muito bem gerenciado para que os objetivos sejam atingidos com eficácia e sem desperdícios, em função da concorrência e da competitividade, sejam quais forem os recursos, naturais, humanos, materiais, financeiros etc. Mas para que isso ocorra em qualquer empresa, devemos ter definidos alguns elementos fundamentais da administração estratégica: missão, visão e valores.

Essa preocupação não é diferente no cenário de uma biblioteca, até porque ela é uma instituição, ainda mais agora com esse fantasma da crise, que, de uma forma ou de outra, afeta tudo e todos.

Ter a missão definida significa que a biblioteca conhece e tem muito clara a razão da sua existência, não só aquela que é inerente à sua natureza, mas, sobretudo, a que se refere ao contexto da sua atuação, aos interesses dos seus usuários. Portanto, é necessário responder a três perguntas: Por que existe? O que faz? Para quem faz? Kotler e Keller (2006) afirmam que uma missão bem formulada leva à equipe um senso compartilhado de propósito, direção e oportunidade.

Uma vez tendo a missão, ela ajudará a alcançar a visão, esta, por sua vez, tem perspectiva de futuro, porque aponta aonde a biblioteca deseja chegar. São intenções e aspirações desejáveis para certo período de tempo.

Já sabendo a que veio e aonde se quer chegar, é necessário definir seus valores, guias comportamentais, padrões de atitudes ideais, os quais devem estar alinhados com a missão e a visão, pois, do contrário, não haverá sintonia. Esses valores, depois de internalizados e compartilhados com todos os colaboradores, geram pertencimento e realização pessoal, acarretando no sucesso da biblioteca.

Depois de tudo isso é hora de traçar os objetivos e estabelecer suas metas para que eles possam ser executados. As metas definem o modo e o prazo para alcançar os objetivos, dessa forma, a biblioteca cumpre a sua missão.

O segredo é monitorar sempre e redimensionar, quando necessário, pois também estamos inseridos nesse mercado que é vivo, dinâmico, cheio de influências externas, como essa tal crise. Não vamos deixá-la nos pegar!

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Fonte consultada:

KOTLER, Philip; KELLER, Kevin Lane. Administração de marketing. 12. ed. São Paulo: Pearson, 2006.

segunda-feira, 21 de setembro de 2015

QUANDO É VIRTUOSO SER VIRTUAL: SOBRE O RESPEITO NAS REDES SOCIAIS

por Fabíola Bezerra

Por ocasião do dia dos namorados, em junho de 2015, O Boticário lançou uma campanha publicitária retratando as diferentes formas de amor. O vídeo da campanha obteve grande repercussão, com a mesma intensidade diferentes formas de manifestações foram publicadas nas redes sociais. Naqueles dias só se ouvia falar sobre isso, quem curtiu a ideia da empresa compartilhou em sua própria rede, quem reprovou a ideia compartilhou também, mas ressaltou sua opinião contrária à campanha.

Algumas pessoas se acharam representadas lindamente pela empresa, no vídeo. Outros se sentiram ofendidos e julgaram a empresa por querer “desvirtuar” a imagem da família tradicional. Outros mais radicais afirmaram nunca mais serem clientes da empresa. Enfim... foi um burburinho sem fim, até que o tempo foi passando e os "ditos" e " mal ditos" da ocasião foram-se dissipando. Daqui a alguns anos é provável que esse episódio já esteja esquecido na mente e no coração das pessoas. Para a empresa, seguramente ficou o aprendizado.

A facilidade de propagação da comunicação por meio da Internet possibilita que qualquer pessoa comum alcance a popularidade de um ídolo. Por outro lado, uma notícia divulgada de caráter negativo poderá criar um pré-conceito contra pessoas de bem. O que propiciou a divulgação do vídeo citado acima foi exatamente essa facilidade da Internet, que provoca uma comunicação onde todos podem opinar e manifestar a sua opinião sobre tudo.

Observa-se, na prática, que algumas pessoas se sentem “protegidas” por uma tela de computador ou smartphone e andam como “cegos em tiroteio”, disparando fogo em toda direção. É importante não esquecer que o espaço é virtual, mas as pessoas que navegam nas redes são de carne e osso, com sentimentos, com histórico, com família, amigos, trabalho, enfim... Observamos ainda tipo de pessoas que se sentem absolutas e que, como se fossem Deus, fazem juízo de valores sobre tudo e sobre todos.

É importante usar a Internet e se fazer presente nas redes sociais de maneira “virtuosa”, respeitando cada um independente de nossas próprias crenças ou valores. Existem maneiras mais inteligentes de criar uma legião de fãs e seguidores, de nada vale alimentar ressentimento e disseminar discórdia e desrespeito. A internet é um espaço de muitos olhares, de nada vale se “blindar” depois de um comentário maldoso, o cuidado deve ser no sentido de respeitar o outro. Vamos usar esse maravilhoso meio de comunicação para o bem e, acima de tudo, para compartilhar conhecimentos. 

segunda-feira, 14 de setembro de 2015

A GESTÃO DA INFORMAÇÃO EM ARQUIVOS DE TV

por Edvander Pires



Os acervos de mídias não convencionais, como os arquivos de TV, trazem, como características próprias, informações múltiplas acerca dos conteúdos abordados nas suas apresentações e reportagens, que vão desde o áudio, que funciona como uma espécie de narração dos fatos, ao que é mostrado nas imagens em movimento, nas quais essas informações são carregadas de significados que não podem fugir àqueles que delas necessitam. Os usuários desse tipo de informação requerem esse material com a maior fidedignidade e rapidez possíveis. Sendo assim, as atividades desenvolvidas nesse tipo de arquivo resumem-se, basicamente, ao registro das mídias, descrição, classificação, indexação, decupagem, avaliação do conteúdo informacional e atendimento ao usuário.

São considerados usuários de um arquivo de TV: repórteres, cinegrafistas, apresentadores, produtores e editores, além dos clientes externos, na maioria deles entrevistados que participaram de alguma gravação. Esses usuários “alimentam” o acervo do arquivo com documentos que contêm informações acerca do cotidiano retratado nas reportagens e buscam, num futuro não muito distante, essas mesmas reportagens a fim de que possam utilizá-las num novo contexto surgido. Esse é o ciclo informacional que se cria no ambiente de um arquivo de TV, no qual temos como protagonistas usuário e/ou cliente, gestor da informação (bibliotecário e/ou arquivista) e sistema de tratamento e recuperação da informação.

Outro ciclo informacional que merece a nossa atenção no contexto de uma emissora de TV, levando em consideração os documentos produzidos e que “deságuam” no Arquivo, é o workflow da produção, tramitação e destinação da documentação audiovisual. Para um gerenciamento eficaz desse tipo de arquivamento, a elaboração de uma cadeia documentária que ilustre esse workflow torna-se crucial para o entendimento da rotina de trabalho do setor Arquivo e para a elaboração de documentos normativos e/ou institucionais, como manuais e políticas de indexação, por exemplo.

Os suportes de arquivamento (ou mídias) que compõem o acervo audiovisual de uma emissora de TV interferem diretamente na gestão documental e na forma de tratamento técnico da informação. Compilamos aqui algumas imagens retiradas da Internet, mais especificamente de blogs sobre TV (SILVA, 2011) e de sites comerciais, que representam fielmente a composição do acervo físico dos principais arquivos de TV. Esses suportes de arquivamento foram dispostos seguindo a sua ordem cronológica de uso, indo da mais antiga para a mais recente:



















 


















 

















 




















 

























Salientamos que a apresentação dessas mídias de arquivamento somente foi possível devido às observações feitas nos ambientes dos arquivos de TV que visitamos ao longo de nossa carreira acadêmica e profissional, além das conversas informais que tivemos com os profissionais que trabalham em TV. Recorrer aos textos de Caldeira (1996), Salles ([200-]) e Silva (2008, 2011) também foi fundamental para compreendermos a terminologia, a finalidade de uso e as diferenças entre cada tipo de mídia.

Além de conhecer a rotina televisiva e os principais suportes de arquivamento, visando ao tratamento técnico da documentação audiovisual, a etapa de avaliação do acervo deve ser realizada constantemente, pois há mídias que serão eliminadas devido ao seu uso em excesso, o que faz com que a imagem gravada comece a “digitalizar”, ou seja, a mídia perde a qualidade, começando a apresentar “pontos”, “quadrados” ou "congelamentos” na imagem. É importante ressaltar que essa eliminação vale apenas para as mídias utilizadas nas gravações de externa, ou seja, das imagens capturadas quando a equipe de reportagem está nas ruas. Por outro lado, as mídias contendo os programas gravados terão a sua guarda permanente. Comenta-se muito sobre a qualidade dos diferentes tipos de suporte de arquivamento, conforme apresentados anteriormente, bem como o seu período de vida útil.

Como exemplo, temos as imagens já arquivadas em HD, o que propicia uma maior qualidade de imagem e acesso em rede. Nesse caso, a atenção é voltada para o formato de vídeo (tais como: DIVX, AVI, MPEG, dentre outros) a ser capturado e/ou arquivado em HD, tendo em vista a limitação de espaço para armazenamento. Tem-se recorrido ao arquivamento em storage, cuja relação custo-benefício tem agradado a muitos gestores nas áreas de Comunicação e Tecnologia da Informação. Contudo, um embate de ideias tem surgido: o suporte digital garante a segurança das imagens audiovisuais a ponto de não mais arquivarmos em um suporte físico? Tendo em vista esse embate, cabe a cada gestor e profissional da informação decidir pela forma de arquivamento mais adequada à realidade de sua emissora de TV.

Contudo, de nada adianta uma migração de suportes, a exemplo do que ocorre de fitas ou DVDs para HDs, sem um método consistente de trabalho voltado para o tratamento do conteúdo informacional das imagens em movimento, foco da nossa discussão para o gerenciamento eficaz da informação.


REFERÊNCIAS

ARONCHI DE SOUZA, José Carlos. Gêneros e formatos na televisão brasileira. São Paulo: Summus, 2004.

AYRES, Maria Teresa Lima; SANTOS, Francisco Edvander Pires; SILVA, Ana Kelly Pereira da. Manual de política de indexação. Fortaleza: Banco de Dados O POVO, 2011. 111 p.

CALDEIRA, Carlos Reinas. Formatos e suportes de vídeo. Revista Educação e Tecnologia, Salvador, n. 17, p. 125-143, fev. 1996. Disponível em: <http://bdigital.ipg.pt/dspace/bitstream/10314/864/1/revista%20N%c2%ba17%20-%20Caldeira%20%281996%29.pdf>. Acesso em: 24 set. 2012.

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. Debate: televisão, gêneros e linguagens. Brasília: MEC/TV Brasil, 2006. (Boletim, 10). Disponível em: <http://www.tvbrasil.org.br/fotos/salto/series/161649Televisao.pdf>. Acesso em: 30 maio 2013.

SALLES, Filipe. A imagem eletrônica: o vídeo. Disponível em: <http://labculturaviva.org/pontobrasil/materialdidatico/imagemeletronica.pdf>. Acesso em: 24 set. 2012.

SANTOS, Francisco Edvander Pires. Estudo de usuários no Arquivo de Imagens da TV O POVO. Fortaleza, 2010. 33 p.

______. Relatório de atividades e pesquisa de opinião. Fortaleza, 2011. 12 p.

______. Relatório de atividades 2012. Fortaleza, 2012. 42 p.

SILVA, Yuri Victorino Inácio da. A produção da informação audiovisual na televisão: um estudo preliminar sobre os documentos U-MATIC do Arquivo da TVE-RS. 2008. 66f. TCC – Departamento de Arquivologia, Faculdade de Biblioteconomia e Comunicação, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2008. Disponível em: <http://www.arxiusdobrasil.com.br/wp-content/uploads/2011/08/UMATICyvis.pdf>. Acesso em: 16 jun. 2013.

______; OLIVEIRA, Lizete Dias de. A preservação da informação audiovisual na televisão: um estudo sobre os documentos U-MATIC do Arquivo da TVE-RS. In: CONGRESSO DE ARCHIVOLOGÍA DEL MERCORSUR, 8., 2009, Montevidéu. Anais... Disponível em: <http://projetores-yuri.blogspot.com.br/2011/08/preservacao-da-informacao-audiovisual.html>. Acesso em: 16 jun. 2013.

______. Os Quadruplex e outros formatos de videotapes presentes na Fundação Cultural Piratini Rádio e TV. In: BLOG FUNDO DA GAVETA DO YURI, 28 set. 2011. Disponível em: <http://projetores-yuri.blogspot.com.br/2011/09/importancia-dos-quadruplex-e-outros-da.html>. Acesso em: 16 jun. 2013.

SMIT, Johanna Wilhelmina. O documento audiovisual ou a proximidade entre as 3 Marias. Revista Brasileira de Biblioteconomia e Documentação, São Paulo, v. 26, n.1/2, p. 81-85, jan./jun. 1993. Disponível em: <http://www.brapci.ufpr.br/documento.php?dd0=0000002163&dd1=3e67b>. Acesso em: 22 maio 2013.

segunda-feira, 7 de setembro de 2015

LEITURA: INDEPENDÊNCIA E LIBERDADE


por Ana Luiza Chaves 

Independência!
Porque posso ler.

Consciência!
Porque posso entender.

Paciência!
Porque posso aprender.

Competência!
Porque posso fazer.

Reticência!
Porque posso compartilhar...

Abrangência!
Porque posso disseminar.

Docência!
Porque posso ensinar.

Insistência!
Porque posso continuar...

Independência!
Porque posso ler.

Liberdade!
Porque posso questionar.

Independente do contexto...
Leitura!