terça-feira, 26 de dezembro de 2017

RELATÓRIO ANUAL DE BIBLIOTECA, UM “MAL” NECESSÁRIO

Por Fabíola Bezerra

Uma situação bastante recorrente nas bibliotecas todo final de ano são os relatórios, passamos o ano coletando números, fazendo estatísticas disso, daquilo, para finalmente juntar tudo e materializar em forma de relatório anual. Fazemos isto sistematicamente, algumas vezes me pergunto: Por que de coletar tantos dados? Para que coletá-los? Na maioria das vezes só servem para formalizar o relatório anual da biblioteca.
Entendo que toda biblioteca é vinculada a uma instituição e são cobradas por produção. Na maioria das vezes passam o ano inteiro sem receber apoio efetivo da instituição mantenedora, mesmo assim, as estatísticas fornecidas servirão para aumentar o “valor social” da instituição.
Cumprindo as exigências formais das instituições, eu pergunto: o que são feitos efetivamente dos resultados estatísticos de serviços anuais produzidos pelas bibliotecas?
Os softwares de automação de bibliotecas fornecem eficazmente dados de todos os procedimentos realizados pelas bibliotecas, em frações de segundos, apresentam relatórios, gráficos, geram tabelas, fazem comparações, produzem em números tudo o que foi desenvolvido e produzido pelas bibliotecas. Os programas possibilitam gerar infinidades de relatórios estatísticos, exemplifico aqui algumas situações pontuais, para então perguntar:
  • O que são feitos dos dados obtidos se levantássemos por exemplo, qual a obra mais consultada na biblioteca?
  • Quantos exemplares existem disponíveis na biblioteca desta obra?
  • Quantos usuários utilizam esta obra?
  • Quantos estão na lista de espera desta obra?
  • Quantos docentes utilizam esta obra em suas bibliografias básicas?
  • Quantos discentes estão matriculados nas disciplinas que são cobertas por estas bibliografias básicas, sendo, portanto, usuários potenciais destas obras?
  • Qual o ciclo de vida de uma obra muito utilizada?
  • Qual a média anual de empréstimo por obra?
  • Qual o usuário que mais utiliza a biblioteca?
  • Qual o usuário que paga mais multa na biblioteca?
  • Quais são os usuários potencias que nunca utilizaram os serviços da biblioteca?
  • Quais são os livros que foram mais baixados? Qual o motivo da baixa?
  • Quanto tempo cada usuário leva para efetivar um empréstimo? 
  • Quanto tempo cada usuário leva para devolver um livro?

Deixando de lado a aplicabilidade destes dados para fins de relatórios anuais, os gestores de bibliotecas têm em mãos verdadeiras preciosidades de informações para serem aplicadas de maneira proativa. Conheço um ou outro bibliotecário gestor que “coleta e usa” de forma eficiente os dados estatísticos e os transformam em ações prospectivas, dando um diferencial significativo nos serviços de suas bibliotecas.
Vamos dar uma atenção especial as nossas estatísticas, usando-as como ferramentas para melhorar a prestação de nossos serviços e a satisfação de nossos usuários.
Para tanto, devemos, além de responder às perguntas, elaborar conclusões e apresentar soluções e sugestões para tomada de decisão, formando, assim, as bases para o planejamento do ano que se iniciará.
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segunda-feira, 4 de dezembro de 2017

DEZEMBRO CHEGOU!

Por Ana Luiza Chaves

Tempo de refletir sobre o que passou, o que se construiu, o que evoluiu e o que ruiu.
Tempo de deixar para trás as mágoas, os ressentimentos, os sofrimentos.
Tempo de se confraternizar, tempo de presentear, tempo de glorificar.
Sim, porque estamos vivos, fazendo história, deixando na memória. Porque o que foi bom rendeu seus frutos, e o que não foi, valeu pelo aprendizado, pela força, pelo amadurecimento, pelo conhecimento.
Tempo de se preparar para enfrentar o novo ano, de pensar em novo plano, para seguir soberano.
Você bibliotecário, que é mestre em organizar, em registrar, em referenciar, em catalogar em classificar, em estruturar, em indexar, em inventariar e em tantas outras expertises, use todas elas para construir seu planejamento de 2018.
Planejar é importante, nos leva adiante!
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segunda-feira, 13 de novembro de 2017

DE TANTO EMPREENDER FUI EMPREENDIDA!

Por Ana Luiza Chaves

Iniciei essa jornada no final dos anos 90, com a minha saída do Banco do Estado do Ceará S.A - BEC, quando decidi ser empresária, em função da oportunidade que surgiu na época, oferecida pelo IAV - Incentivo de Afastamento Voluntário, uma versão becista para o famoso PDV - Plano de Demissão Voluntária.
Foram muitos e bem significativos os empreendimentos que se iniciaram no período de 1997 a 2008. Trabalhos, prestação de serviços, treinamentos, consultorias junto à instituições públicas, empresas e grupos de empresas de renome no cenário regional.

Toda essa experiência, que teve como base a minha gestão junto à Biblioteca Geral do BEC, de 1987 a 1997, levou-me a outro caminho a partir de 2008, tão desafiador quanto o do empreendedorismo. É que de tanto empreender fui empreendida! Mas, qual mensagem quero passar com essa frase que intitula essa postagem?
Quero dizer que o empreendedorismo que deu tão certo encantou dois dos meus clientes, enquanto eu executava os serviços a que me propus a fazer para ambos. De um lado 30.000 caixas de arquivo, correspondendo, mais ou menos ao acervo de umas 10 empresas (hoje são mais de 600.000 caixas e quase 200 clientes) e, de outro, uma biblioteca que estava nascendo, pronta para atuar em uma IES, que já nasceu com uma história de quase 50 anos.
Muita responsabilidade! E a pergunta de um deles com a minha resposta imediata e inconteste:
__ Vai encarar?
__ Sim, vou encarar!


E até hoje estou cumprindo essa missão de atuar em duas frentes de trabalho, em um período, junto a uma empresa de gestão documental e guarda terceirizada de arquivos, como analista de projetos de arquivo, e no outro, como bibliotecária, gestora na biblioteca de uma IES.
E essa tomada de decisão de voltar a ser empregada não limita nem diminui o empreendedorismo, pelo contrário, o aporte de duas empresas vencedoras e de uma bagagem acumulada de muitos anos de experiências, possibilitam o intraempreededorismo.
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segunda-feira, 6 de novembro de 2017

BIBLIOTECÁRIO, EMPREENDA COM PROPÓSITOS

Por Fabíola Bezerra

Particularmente, entendo o empreendedorismo como um estilo de vida, um jeito de ser e viver o mundo. Nesse sentido acho curiosa a associação do empreendedorismo apenas com a parte comercial ou financeira do processo.
Empreender, antes de tudo, é uma jornada de autoconhecimento, uma vez que o empreendedorismo nos coloca inevitavelmente em situações novas o tempo todo. 
Definir um propósito é o que nos fará caminhar em direção a um ponto qualquer. Por esse motivo devemos viver e trabalhar com propósitos bem definidos.

O primeiro propósito de vida, ou propósito primário é de ser a gente mesmo, é um despertar para um autoconhecimento, a fim de identificar uma missão como ser humano, é exatamente essa inspiração que nos reconectará com o nosso propósito. É importante focar no propósito primário.
Para empreender vamos precisar desse autoconhecimento, para gerar clareza, a falta dessa clareza sobre nossos propósitos e habilidades é que gera o medo de empreender, o medo usa muitos disfarces e gera muita procrastinação. Podemos aceitar o medo, mas não devemos nos apegar a ele, o medo existe pela falta de clareza, o medo se alimenta do desconhecido.
Paula Abreu, coach e treinadora de desenvolvimento pessoal fala muito da importância do empreendedor “entrar em ação, porque o medo tem receio da ação, a ação gera clareza”, fala ainda da importância de os empreendedores se agruparem, conversarem uns com os outros, trocarem conhecimentos para gerar clareza.
O autoconhecimento nos ajudará a definir os nossos propósitos e a nossa missão pessoal. A autora faz os seguintes questionamentos para nos ajudar a refletir:
• “Quem você é e aonde quer chegar?” 
• “Aonde você se destaca mais?”

Exemplificando: Digamos que você identificou como propósito ou como missão como ser humano, transformar e inspirar a vida de pessoas por meio da divulgação de informações de qualidade. (Propósito primário).
O propósito secundário é o seu trabalho. O seu trabalho deve estar em sinergia com a sua missão como ser humano. O propósito secundário deve estar alinhado com o primário.
Baseado na sua missão (citada acima) você poderá simplesmente estar sempre se qualificando para ampliar e atualizar seus conhecimentos visando um atendimento de excelência.
Enquanto propósito secundário, você poderá usar uma expertise, como por exemplo, dominar as normas da ABNT para simplesmente fazer correção de trabalhos acadêmicos, que poderá ser desenvolvido dentro do seu espaço laboral, ou, uma pessoa te contrata e paga pelo serviço recebido.
Mas, usando sua expertise e alinhando com a sua missão, você poderá, por exemplo, dar autonomia as pessoas por meio de treinamentos, e-books, vídeos aulas, etc., para que elas passem a dominar as normas da ABNT, construindo e disponibilizando conteúdos de qualidades para resolver o problema de alguém.
São maneiras diferentes de aplicar os seus propósitos, na segunda situação, como empreendedor, você terá maiores possibilidades de crescimento, uma vez que o foco é a “dor” das pessoas, ou seja: a solução de um problema. O seu propósito passa a ser apresentar soluções para resolver este problema.
No novo modelo de marketing, o foco não é o produto, mais o benefício. Por isso é importante o propósito no empreendedorismo, pois ele te dará a sensação de estar desenvolvendo uma missão, no lugar de estar apenas marcando ponto.
Sei que não é fácil definir um propósito, mas, procure identificar um propósito que seja nobre, maior do que ganhar dinheiro. Quanto mais gerar valor para as pessoas, mais o dinheiro virá, ele será uma consequência natural do seu trabalho. Quando você transforma a vida das pessoas, você está transformando a sua também. A “receita” é procurar a intercessão entre os seus talentos/expertise e as necessidades do mundo. Nesse sentido Aristóteles afirmava o seguinte: “quando os seus talentos encontram as necessidades do mundo, ali está a sua vocação
Pensem nisso!
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segunda-feira, 30 de outubro de 2017

UM CHAPÉU, UM ELEFANTE OU UMA JIBÓIA?

Por Fabíola Bezerra

Você deve conhecer a história do Pequeno Príncipe e a simbologia embutida no desenho feito pelo Piloto e que é revelado ao Pequeno Príncipe.
Hoje amanheci com essa história na minha cabeça e fiz uma relação com as oportunidades de negócio, em que nem sempre conseguimos ver ou identificar uma oportunidade.
Como bibliotecários trabalhamos diariamente com o público, mas muitas vezes, esquecemos de observar verdadeiramente as suas necessidades. Acreditamos que nosso acervo está pronto para atender individualmente cada necessidade de informação e cometemos o erro de dar um atendimento uniformizado a todos eles.
Acredito que a fonte promissora ou inspiradora de oportunidades de negócios para o bibliotecário venha do usuário. Fará diferença observar continuamente suas necessidades para além dos modelos e das regras impostas. Procurar entender os seus desejos e como eles gostariam de receber os nossos serviços e produtos, abrirá sua mente e os seus olhos para olhar além da figura do chapéu.
Uma necessidade percebida é uma oportunidade de negócios!
Uma necessidade solucionada gera valor, um valor percebido cria conexão entre as partes e viabiliza a oferta do seu produto ou serviço.
Não existe fórmula mágica para empreender na Biblioteconomia ou ter sucesso como bibliotecário empreendedor, o que existe efetivamente são pessoas com necessidades e à procura de soluções. De posse do conhecimento que dominamos e das habilidades que possuímos como bibliotecários, temos a nossa frente um leque de oportunidades para empreender. Atitude!!!
Treine o seu olhar de forma sensível para observar o que está a sua volta, procure olhar as coisas muito além do modelo convencional, descubra que por trás da figura visível do chapéu tem uma jibóia que engoliu um elefante.
Mas, essencialmente não fique parado esperando o mundo conspirar a seu favor.
Vamos cair em campo!
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segunda-feira, 23 de outubro de 2017

BIBLIOCAMP FORTALEZA: UM DIA DE PARTILHAS DA PRÁXIS BIBLIOTECÁRIA

Por Fabíola Bezerra

Vivemos em uma sociedade de troca, dentro desse contexto, os compartilhamentos de informações entre profissionais são considerados imperativos nos tempos atuais.
Congressos, palestras, workshops, todo tipo de evento, de um modo geral, prioriza o aprendizado, sendo um bom espaço para colocar isso em prática.
Fortaleza sediou o #CBBD2017 no período de 17 a 20 de outubro e, para fechar a semana, no sábado realizamos o Bibliocamp Fortaleza.
O “Bibliocamp” é um novo conceito de evento, longe do modelo estandardizado, que objetiva ser um espaço para debater trabalhos e ideias de forma seriamente descontraída, de modo a criar e estreitar laços de amizade. O evento “surge a partir da licença livre do BarCamp, uma rede internacional de conferências, onde a organização e o conteúdo são oferecidos pelos próprios participantes”.
O modelo do Bibliocamp foi criado por um grupo de bibliotecários, organizado por Moreno Barros. A primeira edição do evento aconteceu em 2011, no Rio de Janeiro. Desde então, já houve edições em São Paulo, Brasília, Florianópolis, novamente no Rio de Janeiro, Curitiba, Recife e São Carlos.
Observam-se algumas das características de inovação do Bibliocamp em relação a um evento tradicional nos seguintes aspectos:

“Não tem inscritos, tem convidados. 
Não tem gente mala, só tem gente bacana. 
Não tem palestrante renomado, tem bibliotecários e bibliotecárias e gente que pode contribuir com a Biblio. 
Não tem palestras intermináveis, são apenas 15 minutos para contar sua história e bater papo lá fora. Não tem apresentação de trabalhos, tem apresentação de vidas. 
Não tem cara-crachá, tem sorriso no rosto. 
Não tem certificado, tem apenas boas lembranças”.

Quando estive presente o ano passado no Bibliocamp Recife, organizado pelo bibliotecário Gustavo Henn, aceitei o desafio de trazer o evento para Fortaleza.
Foi dentro desse contexto que no dia 21 de outubro, realizamos o Bibliocamp Fortaleza 2017. A finalidade foi proporcionar um campo fértil para debates e exposição de experiências entre bibliotecários, pesquisadores, estudantes e profissionais.
Ouvimos relatos de vida e superação. Uma Biblioteconomia Social e Inclusiva nos foi apresentada no seu sentido mais prático e literal. Conhecemos a possibilidade de atuação do bibliotecário dentro do mercado digital. Apreciamos a aplicação da profissão e do profissional na sua forma mais empreendedora. Nos encantamos com a contação de histórias e suas diferentes formas de atuação. Entendemos o uso de blogs como uma forma de expressão do bibliotecário. Vislumbramos a atuação do bibliotecário no universo dos periódicos científicos. Apreciamos um projeto global de “ressignificação da área e da nossa atuação profissional, além de um esforço para advocacy de nossa imagem”. Finalizamos com a atuação do bibliotecário e as interfaces entre cultura, memória e história.
Choramos, rimos, batemos palmas, tomamos cafezinho, chá e biscoito, interagimos uns com os outros na hora do almoço, visitamos o Museu da Indústria. Fechamos o dia e o evento com um lindo e relaxante passeio de veleiro pela orla de Fortaleza e só voltamos no pôr do sol.
Foi um dia intenso, já deixou saudades!
Saímos do evento com o coração e a mente aquecidos de inspiração e encantamento.
Agora queremos saber: onde será o próximo Bibliocamp?
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segunda-feira, 16 de outubro de 2017

OS BIBLIOTECÁRIOS INVADIRAM FORTALEZA

Por Fabíola Bezerra

Entre os dias 17 a 20 de outubro Fortaleza irá sediar o XXVII Congresso Brasileiro de Biblioteconomia, Documentação e Ciência da Informação, #CBBD2017.
Mais de 1300 pessoas estarão reunidas para debater sobre “Bibliotecas e a agenda 2030”. Serão dias intensos, com muita imersão de conteúdo, relacionamentos e network.
A cada meio metro do Centro de Eventos de Fortaleza, certamente estará um bibliotecário sedento por conhecimento. A cada espaço cultural e festivo de Fortaleza, certamente estará um bibliotecário animado com a beleza da nossa regionalidade, com o carinho hospitaleiro ou, com o bom humor dos cearenses. Nossa culinária é de encher a boca e nossas praias com um sol forte e intenso.
Algumas de nossas bibliotecas locais também serão palco de muitas visitas e de muito encantamento, afinal, nossos usuários merecem o melhor e os bibliotecários visitantes, irão sair animados e cheios de inspiração.
Façam muitos registros fotográficos, partilhem com o mundo a beleza da nossa Fortaleza, gostando, voltem!
Como toda cidade do Brasil, Fortaleza requer cuidado e atenção, tomando os devidos cuidados, sairão daqui levando somente experiências positivas.
Terão também a oportunidade de conhecer pessoalmente a equipe do Mural Interativo do Bibliotecário afinal, estamos desde 2013 interagindo com vocês, será um prazer conhecê-los pessoalmente! Vocês poderão também aproveitar a visita e adquirir uma T-shirts MURAL sem frete e com entrega imediata.
Convidamos aos bibliotecários que estarão presentes no #CBBD2017 para se fazerem presentes e participarem no dia 19/10, quinta-feira, de 18h às 19h, no Centro de Eventos, Mezanino 1 - Sala 8. Recebemos o convite da FEBAB, e estaremos juntamente com as bibliotecárias Daniela Spudeit e Maralyza Pinheiro “Conversando Sobre "Por que empreender e inovar na Biblioteconomia?"”.
Sejam bem-vindos bibliotecários do Brasil, quiçá fora dele.
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segunda-feira, 9 de outubro de 2017

DESRESPEITANDO A LEI DE LAVOISER

Por Ana Luiza Chaves
Todos nós conhecemos ou já estudamos a Lei de Conservação das Massas, de Lavoiser, que se refere à conservação da matéria durante uma transformação física ou química, cujo enunciado popular é: "Na natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma."
Pai da Química Moderna, tendo separado a Química da Alquimia, dentre outras descobertas e inventos brilhantes, Lavoiser, no auge da Revolução Francesa foi guilhotinado.
Sem querer ser guilhotinada como fora Lavoiser, atrevo-me a desrespeitar essa Lei aplicando-a à Biblioteconomia, para que se torne mais dinâmica, explorada e articulada.
Nesse novo contexto, eu diria que a leitura dessa lei é a seguinte:
Na Biblioteconomia tudo se cria, nada se perde, tudo se transforma!
Do "nada se cria", partiremos para o "tudo se cria", é uma forma de despertar para o empreendedorismo, a partir da inovação. Sabemos que a inovação pode ocorrer referente a produto, processo, método de marketing e/ou método organizacional, portanto, tem muita oportunidade esperando para ser agarrada.
Todo cuidado é pouco, porque se ficar parado, vem alguém e dá sentido àquilo que você só pensava e especulava, não realizava. O campo é vasto, são muitos os contextos que podemos atuar, é saber fazer a leitura do mundo e partir para o abraço.
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segunda-feira, 2 de outubro de 2017

VOCÊ JÁ FEZ SUA ANÁLISE SWOT?

Por Ana Luiza Chaves

A análise SWOT é uma forma simples e sistemática de verificar a posição estratégica do negócio e de fazer análise de cenários. É uma ferramenta de gestão, muito utilizada como parte do plano de marketing, do plano de negócios, do planejamento estratégico. O termo SWOT vem do inglês é um acrônimo das palavras Strenghts (forças), Weaknesses (fraquezas), Opportunities (oportunidades) e Threats (ameaças).
A ideia central da análise SWOT é avaliar as forças e as fraquezas, que são fatores internos e, as oportunidades e as ameaças da empresa e do mercado, onde ela está atuando, que são os fatores externos.
As forças e fraquezas são determinadas pela posição atual da empresa e podem ser controladas pelos seus dirigentes, uma vez que fazem parte de uma estratégia que foi previamente adotada, devendo ser ressaltada ao máximo ou minimizado seu efeito, conforme o caso. Já as oportunidades e ameaças, são antecipações do futuro, estão fora do controle da empresa, mas, uma vez conhecidas, podem ser controladas e monitoradas de forma a aproveitá-las ou evitá-las, de acordo com a situação. O importante é fazer a leitura correta.
Geralmente é representada sob a forma de uma matriz no plano cartesiano, onde, no primeiro quadrante, se registra o fator oportunidades, no segundo quadrante, o fator forças, no terceiro quadrante, o fator fraquezas e no quarto quadrante, o fator ameaças. Essas informações categorizadas são depois trabalhadas, sempre sob a ótica do consumidor, podendo haver combinações entre elas (força com oportunidade), para potencializar ainda mais o negócio ou convergências (ameaça em oportunidade e/ou fraqueza em força), para mudança de cenário e de posicionamento. Portanto, a ideia não é só organizar informações, mas, sobretudo, descobrir vantagens estratégicas, a partir do somatório dos elementos, para aplicar no planejamento de marketing da empresa e tirar conclusões a respeito.
A técnica é atribuída aos professores da Harvard Business School Kenneth Andrews e Roland Chriskensen, mas há autores que creditam ao estrategista Sun Tzu (500 a.C.), "Concentre-se nos pontos fortes, reconheça as fraquezas, agarre as oportunidades e proteja-se contra as ameaças.”
Há diversos exemplos na história de crises que incentivaram crescimento, de ameaças que foram eliminadas, pois se transformaram em oportunidades e de descobertas e inovações por força das circunstâncias. Há também exemplos recentes, inclusive, de pessoas que cresceram na crise, que ficaram mais fortes, que, depois de uma derrota, se ergueram e descobriram nichos profissionais.
Depois dessa reflexão podemos chegar à conclusão que essa tal análise SWOT pode ser aplicada em nossas vidas, afinal as organizações são feitas de pessoas e estas apresentam as mesmas necessidades daquelas, claro, dentro dos limites contingenciais de cada uma. Existem objetivos que traçamos para serem atingidos, estamos aqui na terra para cumprir alguma missão e temos a intenção de sermos reconhecidos pela sociedade de alguma forma, tudo isso seguindo nossos valores e princípios, estamos buscando sempre o melhor.
O importante de tudo isso é que podemos usufruir dessa técnica aplicando-a em nossa vida, no nosso dia a dia, na nossa casa. Devemos tirar proveito dos nossos pontos fortes, para que eles possam neutralizar ou minimizar os pontos fracos, ter o equilíbrio deste resultado, para buscar as oportunidades e saber
enfrentar as ameaças.

Essa é a receita para se enfrentar o mundo competitivo,o mundo de rápidas transformações, o mundo globalizado e antenado 24 horas, em que devemos nos adaptar a tudo, sob pena de ficar à margem dos acontecimentos. Uma ameaça conhecida antecipadamente pode ser amenizada ou até neutralizada, podendo tornar-se ainda em uma oportunidade.
Quem não precisa administrar sua casa, sua vida? A análise SWOT nos ajuda a tomar decisões e fazer escolhas, traçando o nosso caminho, explorando as forças e oportunidades, caminho este que pode ser reconstruído a cada nova ameaça, desde que elas tenham sido potencializadas.
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segunda-feira, 25 de setembro de 2017

PRÁTICA DA BIBLIOTECONOMIA X BIBLIOTECONOMIA NA PRÁTICA: A DUALIDADE NECESSÁRIA

Por Ana Luiza Chaves

Como praticar a Biblioteconomia? É óbvio que temos que aplicar a teoria aprendida na academia, mas, também é claro que precisamos agregar o contexto vivido e apreendido das experiências decorrentes dos caminhos das pedras, que foram sendo descobertos e desbravados ao longo da vida profissional.
Daí, já estamos falando da Biblioteconomia na prática, aquela que se distancia um pouco da academia, não pelo confronto de conhecimentos e juízos da ciência, mas pela adaptação e validação destes, por já terem sidos contextualizados e testados. São as aplicações da ciência.
Uma coisa é o estudo de usuários que aprendemos, outra coisa é a faceta de cada um no dia a dia e a preocupação com os usuários em potencial. Quando estudamos o dimensionamento dos espaços e a necessidade do desenvolvimento das coleções para melhor atender aos serviços de uma unidade de informação, temos que lidar com a limitação de áreas e a precariedade de recursos para repensar esses serviços e oferecer, dentro do possível, o melhor. Da mesma forma, quanto ao acesso eletrônico, se há infinitas possibilidades em bases comerciais, precisamos buscar mais e mais conteúdos abertos para permitir o desejável acesso sem posse.
São inúmeros os exemplos que enfrentamos na rotina biblioteconômica, por isso, a conclusão de que uma ação não vive sem a outra: Prática da Biblioteconomia x Biblioteconomia na prática, pois, ao sermos muito ortodoxos na ciência, corremos o risco de nos distanciarmos da realidade e, por outro lado, se nos apegarmos apenas à prática, o erro pode ser fatal.
Vamos equilibrar!
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segunda-feira, 11 de setembro de 2017

NÃO DEIXEM QUE DERRUBEM AS SUAS TORRES GÊMEAS!

Por Ana Luiza Chaves

11 de setembro, a data não é nada convidativa, pelo contrário, é funesta, é angustiante, é deprimente para qualquer pessoa que se importa com o outro, mesmo que não conheça e que esteja a quilômetros de distância, em outro país.
Passados 16 anos, muita coisa mudou. Mudou a paisagem do local, mudou a segurança nacional, mudaram os inimigos, mudaram as atitudes geopolíticas dos países, e as pessoas seguiram em frente... De qualquer forma, ficou o trauma enraizado em relação à data, que já faz parte da história mundial.
Vamos tomar essa data, pela simbologia física que representa, ou seja, a queda de dois elementos próximos e independentes, mas, que se integravam e que faziam parte do mesmo complexo de negócios de representação mundial.
A analogia que estamos fazendo vale para a criatividade, que aqui será a Torre Norte, ou WTC 1 e a inovação, representando a Torre Sul, ou WTC 2, rumo ao empreendedorismo, identificado como o complexo do World Trade Center (WTC).
Já dissertamos antes sobre esses três elementos, criar, inovar e empreender, por isso a nossa temática de hoje fica restrita a um alerta: não nos deixemos levar pela procrastinação, pelo medo, pelo desânimo, pela mesmice, pela torcida negativa das pessoas, que não nos querem ver bem, progredindo... “Xô azarão”!
Por vezes somos atingidos por suicidas que já se perderam no caminho e, não satisfeitos, querem levar mais alguém com eles.
Opa! Surgiu uma ideia? Afinal elas chegam a qualquer tempo, dirigindo, no chuveiro, antes de dormir... Vamos tentar trazê-la para o papel, planejar, torná-la viável, saindo do abstrato e tentando passá-la para o plano concreto, aparando as arestas, se for preciso. O importante é seguir em frente, não deixando que destruam as torres gêmeas da criatividade e da inovação, pois, sem elas, fica difícil empreender em qualquer segmento e condição, seja em relação ao empreendedorismo em ambiente físico ou digital ou ainda na dinâmica do intra-empreendedorismo.
Para empreender tem que estar de pé. NÃO DEIXEM QUE DERRUBEM AS SUAS TORRES GÊMEAS!
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segunda-feira, 4 de setembro de 2017

PARA EMPREENDER, BASTA CAIR NA REDE

Por Ana Luíza Chaves e Fabíola Bezerra

Seja no sentido literal, seja no sentido abstrato, na sua composição, a rede entrelaça fios!
Fios que movem a comunicação, fios que fazem ligação, fios que apanham, que protegem, que seguram, que esticam, que suspendem...
As conexões ligadas por meio dos fios, vão entrelaçando-se umas com as outras por meio de nós ou ponto de cruzamento, assim também acontece no mundo digital, um entrelaçado gigante de pontos, que juntam pessoas, países, propósitos, sonhos e viram um gigantesco mundo de possibilidades.
As facilidades são inúmeras, as oportunidades incontáveis, as possibilidades exponenciais, as conexões globais. Estamos falando do empreendedorismo digital. Mas, para alcançar e conquistar tudo isso, tem que cair na rede e, uma vez dentro dela, tem que criar redes de relacionamento multidisciplinares, ou seja, redes na rede. A rede é o caminho para abrir novos caminhos, gerando uma aldeia de empreendedorismo.
Os exemplos estão às vistas de qualquer um, as conquistas vão acontecendo, os casos de sucesso vão se evidenciando, é a rede funcionando, servindo de palco, de instrumento, de pano de fundo, de microfone, de mercado, de porta-voz, de loja... São muitas as funcionalidades que podemos usar como ferramentas, além daquelas que podemos ainda criar, gerando inovação na rede, para depois assistirmos, constatando que fizemos história.
As redes sociais criam um palco de oportunidade para empreendedores anônimos, mudando velhos conceitos, criando novos atores. O “artista” do passado, ocupava palcos privados, precisava uma vinculação qualquer para poder ser visto e admirado, o da atualidade são autônomos, arrojados, independentes e livres.
Com um celular na mão, uma ideia na cabeça e uma conexão da internet, pessoas comuns viram referência de uma legião de fãs. Youtuber, blogueiros viram influenciadores digitais e criam um modelo de negócio na cifra de muitos milhões. Pessoas comuns falando para pessoas comuns, reconectando pessoas de todo lado e em toda direção, encurtando distâncias, democratizando e ressignificando o mundo dos negócios. O empreendedorismo de hoje, é fruto desse cenário de mudanças e de transformação
Uma rede entrelaçada, de fio resistente, multinacional, de balanço positivo duradouro, para empreender, é só cair nela, sabendo que uma coisa leva a outra!
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segunda-feira, 21 de agosto de 2017

BASTA DE CLICHÊ! A ORDEM É MUDAR!

Por Ana Luiza Chaves

Sabemos que o clichê, denominado pelos estudiosos da língua como “lugar-comum”, é palavra, expressão, frase ou ideia que, de tão usada, se tornou banal e previsível, perdeu a originalidade.
Apesar de antiquado e redundante, esse elemento surge no cotidiano de forma quase imperceptível, frases feitas que caem como uma luva, Ops! Aí está um clichê!
Na escrita, é por muitas vezes utilizado porque facilita a compreensão do leitor, uma vez que ele já está familiarizado, em função das repetições ao longo do tempo, nos diversos meios de comunicação: "A união faz a força", “Só colhemos o que plantamos”; "A toque de caixa”; “No apagar das luzes”; “Tomar um banho de loja”, “Vestir a camisa” e por aí vai... Em casa, no trabalho, em reuniões sociais, todos nós já usamos em algum momento do nosso dia a dia.
Da mesma forma, estamos cansados de ler livros ou assistir filmes para os quais já sabemos o enredo e o final por conta do formato engessado e sem criatividade: o mordomo é sempre o culpado; o problema da trama será resolvido no último momento; o mocinho é sempre o galã, a luz apaga na hora H, etc.
E na profissão? Será que não estamos sendo um tanto clichê? Fazer sempre a coisa do mesmo jeito, sem criatividade, sem buscar o novo, repetindo tal qual já foi executada há tempos. Só porque alguém já fez e deu certo, não é obrigatório repetir a fórmula, temos que nos diferenciar, quebrar paradigmas, ir além das paredes que nos cercam, Ops! Olha ele aqui de novo!
Pois bem, já falamos aqui sobre empreendedorismo, criatividade, inovação, e também já postamos exemplos de muitos projetos surpreendentes e desafiantes dentro da Biblioteconomia.
Trazer atividades diferentes para a biblioteca, atuar nas mídias sociais, propor novas parcerias com os professores, engajar o pessoal de TI no seu projeto, interagir de forma mais sistemática com outras disciplinas e profissionais, enfim, executar a sua ideia antes que alguém o faça, sem medo de ser feliz. E aqui já vai outro clichê...
Ser clichê é cômodo, já temos a receita e é mais fácil acertar, é prático, vimos aqui nesse texto cheio de clichês, mas, que tal sair da zona de conforto?
Ah, não! Clichê de novo? Outra vez, não!
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segunda-feira, 14 de agosto de 2017

BIBLIOTECÁRIO, ENTENDA A DIFERENÇA ENTRE PREÇO E VALOR

Por Fabíola Bezerra

Semana passada postamos um questionamento sobre o valor do trabalho de um bibliotecário. A situação apresentada foi sobre um site que agrupa serviços para profissionais do livro, onde a ficha catalográfica é ofertada com preços “simbólicos” e variados, inclusive por profissionais que não são bibliotecários.
Retomando a esse questionamento, gostaríamos de colocar a questão sobre uma outra perspectiva. A questão agora apresentada se refere a valor e a preço.
O que faz um produto ou serviço valer mais ou menos é a informação e o reconhecimento que existe sobre ele, é importante entender que “preço é o que você paga e valor é o que você leva”.
A solicitação de fichas catalográficas é uma realidade bastante recorrente em bibliotecas universitárias, geralmente em final de semestre. A ficha nos TCC, monografias dissertações ou teses, é um elemento obrigatório e exigido pelos orientadores. Porém, nem todos percebem a sua importância, o seu valor e o que de fato ela representa. Podemos ilustrar contando um exemplo de aluno que chegou na biblioteca solicitando a confecção da “ficha cartográfica”.
A falta de orientação e conhecimento dos alunos e de muitos professores sobre a ficha catalográfica, provoca a busca do serviço pelo preço mais baixo. Por outro lado, como perceber o valor agregado em uma ficha catalográfica se eles desconhecem a sua importância? A maximização de valor da ficha não é papel do professor.
Existe neste processo alguns pontos a questionar e a esclarecer. Algumas universidades criaram ferramentas de elaboração eletrônica da ficha catalográfica, aberta ao público, a custo zero mediante o preenchimento de um formulário com os dados básicos do trabalho. Tudo instantâneo e imediato, geralmente adotam uma classificação geral. A oferta deste tipo de ferramenta aliviou a grande demanda dos bibliotecários das bibliotecas universitárias.
Nesse sentido, como e porque nos sentirmos incomodados pela cobrança da ficha catalográfica a preços irrelevantes?
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segunda-feira, 7 de agosto de 2017

QUAL É O SEU "CALCANHAR DE AQUILES" NA BIBLIOTECONOMIA?

Por Ana Luiza Chaves

A expressão popular "calcanhar de Aquiles" remonta à mitologia grega. A Deusa Tétis, mãe de Aquiles, com a intenção de torná-lo indestrutível, garantindo, assim, a sua imortalidade, o banhou nas águas do Rio Estige, que tinha o poder da invulnerabilidade. Mas, ao segurá-lo pelo calcanhar para fazer a imersão, este lhe foi poupado, tornando-se a única parte vulnerável. Durante a Guerra de Troia, teria sido atingido por uma flecha no calcanhar, recebida do príncipe Páris, levando-o à morte. Aquiles é um herói lendário do mundo grego clássico.
Essa é a versão mais popular desse relato mitológico, havendo, no entanto, outras versões e contradições. Portanto, baseado nesse mito, atribui-se ao "calcanhar de Aquiles" o ponto fraco de uma pessoa, aquele que não se tem o domínio necessário, que é vulnerável.
Trazendo o mito para a realidade profissional, é de bom alvitre que façamos a seguinte indagação para reflexão: Qual é o meu "calcanhar de Aquiles" na Biblioteconomia?

• atendimento ao usuário?
• acesso às novas tecnologias?
• uso das mídias sociais?
• construção de vocabulário controlado?
• serviço de referência?
• catalogação?
• classificação?
• indexação?
• normalização?
• organização de conteúdos?
• uso de repositórios?
• trabalho com bases de dados?
• medo de empreender?
• ...


Não vamos nos deixar ser flechados nesse ponto fraco! Ponto fraco pode ser minimizado e até transformado em ponto forte, se for bem trabalhado. Quantos profissionais se tornaram expert exatamente naquilo que não dominavam antes?
O desconhecido por natureza é instigante, atraente e desperta curiosidade, temos que desmistificá-lo, conhecê-lo, estudá-lo, para depois dominá-lo.
Para começar, temos que refletir sobre o que nos incomoda. Em seguida, apostar na leitura, no crescimento profissional, nas discussões em grupo, nos encontros profissionais, na educação continuada, que se torna ainda mais fácil quando temos à disposição o canal mais democrático para buscar tudo isso.
Vamos navegar e nos banhar por completo no nosso Rio Estige da atualidade!
Vivam todas as possibilidades que temos hoje com a internet! 
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segunda-feira, 31 de julho de 2017

PARAFRASEANDO A PARÁBOLA DA REDE DE PESCA, PARA FALAR SOBRE EMPREENDEDORISMO NA BIBLIOTECONOMIA.

Por Fabíola Bezerra

"Igualmente o reino dos céus é semelhante a uma rede lançada ao mar, e que apanha toda a qualidade de peixes. E, estando cheia, a puxam para a praia; e, assentando-se, apanham para os cestos os bons; os ruins, porém, lançam fora...”
A metáfora da parábola da “rede de pesca”, nos leva a fazer uma analogia da ação de lançar a rede ao mar, com a percepção e o empoderamento das pessoas em relação as informações que recebem.
Quando uma nova informação é lançada ou disponibilizada na Internet, por exemplo, o alcance deste conteúdo é enorme, e varia de acordo com o tamanho da sua rede de relacionamentos dentro da rede social que você pertence. Ao publicar uma nova informação é como se você estivesse jogando uma rede de pesca no mar.
Digamos que você publicou no Facebook o conteúdo da sua postagem, embora chegue no perfil dos seus amigos e dos amigos dos seus amigos, dependendo das suas configurações de privacidade, poderá atrair a atenção de diferentes pessoas, assim como, poderá também não despertar interesse algum. O ato de despertar interesse é como uma “seleção”, embora diferente da parábola onde os pescadores separam dos cestos os peixes bons e os peixes ruins. A seleção dentro do Facebook está diretamente relacionada com o interesse que as pessoas têm sobre assunto X ou Y, depende do apelo do título ou da imagem do conteúdo postado.
Gostaríamos de direcionar este texto, usando como exemplo o “Empreendedorismo na Biblioteconomia”. O tema tem despertado interesse em muitos bibliotecários, assim como, não desperta interesse algum em muitos deles. A “seleção” de quem gosta do assunto e de quem é indiferente a ele, ao meu ver, depende da percepção que cada um tem sobre o mesmo e pela compreensão real de que forma podem se apropriar do empreendedorismo como algo possível e aplicável profissionalmente.
Uma vez, conversando com uma professora do curso de Biblioteconomia ela disse assim:
- Fabíola muitos alunos não entendem ou não sabem como usar o empreendedorismo dentro da profissão.
Desde 2013 venho lendo e estudando sobre o empreendedorismo e marketing digital, o que eu pude perceber dentro das minhas leituras e nos diversos infoprodutos que adquiri de grandes players do mercado digital foi o seguinte: existe diferença entre ensino formal e ensino prático. Foi o meu primeiro grande ensinamento, parece uma conclusão lógica e simples, mas não é!
Para entender essa grande diferença é preciso primeiro ter uma mudança de percepção sobre autoridade e autenticidade. Nós bibliotecários geralmente caímos na armadilha de ostentar diplomas e títulos. Não é autoridade quem possui mais títulos, mas, quem possui o reconhecimento das pessoas sobre um assunto específico. Assim como, autenticidade é a percepção de confiança e de legitimidade que as pessoas têm todas as vezes que você repassa uma informação.
Os grandes empreendedores digitais não divulgam seu conhecimento e expertise pelos títulos e diplomas que possuem, o objetivo deles ao criar um produto de informação é gerar resultado para alguém. Nesse sentido é primordial identificar e conhecer suas habilidades únicas, que serão a base do seu empreendimento, por meio dela, o empreendedor irá criar sua proposta ou promessa definida para alcançar os resultados.
O ensino formal é baseado em currículos, diplomas e títulos, entre outras formalidades, o ensino prático, diferente do formal, não possui uma matriz curricular, ele é focado em resultados, não é preciso ser uma especialista e conhecer tudo, é preciso conhecer apenas o necessário para atingir um resultado.
Ao produzir produtos de informação que geram resultados na vida das pessoas você se torna autoridade para elas, ao comprovar os resultados, você cria autenticidade sobre o seu produto e sobre o seu conhecimento, é uma “autenticidade prática”.
Por esse motivo acredito que para empreender na Biblioteconomia é preciso primeiramente sair um pouco da área, entender como atuam e como trabalham os grandes empreendedores, perceber que para empreender é preciso primeiramente descobrir e entender qual o seu propósito de vida.
Definir um propósito é o que te fará caminhar em direção a um ponto qualquer, para empreender, você vai precisar desse autoconhecimento, o autoconhecimento te ajudará a definir os teus propósitos e a tua missão pessoal, enquanto missão você poderá mudar a vida das pessoas por meio das informações que você criar.
Observe que todo empreendedor digital tem um propósito e uma missão bem definidos.


A falta de clareza sobre alguns pontos apresentados no texto acima, ao meu ver, é que diferenciam as pessoas quando um novo conteúdo é lançado na rede, por isso o porquê de usar como analogia a parábola da rede de pesca, uns apropriam-se do conteúdo e buscam saber mais, outros simplesmente ignoram. 

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segunda-feira, 24 de julho de 2017

ESCRITOR DE OUTRORA, DE ONTEM, DE HOJE OU DE AGORA

Por Ana Luiza Chaves

Escritor de outrora, de ontem, de hoje ou de agora, se não fosse tu para registrar a ilusão da realidade, a razão da cumplicidade, o todo da parte, a arte do aparte, a paixão em drama, o auge da fama, o fato que acontece, a ficção que apetece, jamais teríamos acesso a essas maravilhas, que nos fazem viajar para os mais longínquos mundos, que nos conduzem ao fragmento do pensamento, que nos encantam e os males espantam.

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