segunda-feira, 21 de agosto de 2017

BASTA DE CLICHÊ! A ORDEM É MUDAR!

Por Ana Luiza Chaves

Sabemos que o clichê, denominado pelos estudiosos da língua como “lugar-comum”, é palavra, expressão, frase ou ideia que, de tão usada, se tornou banal e previsível, perdeu a originalidade.
Apesar de antiquado e redundante, esse elemento surge no cotidiano de forma quase imperceptível, frases feitas que caem como uma luva, Ops! Aí está um clichê!
Na escrita, é por muitas vezes utilizado porque facilita a compreensão do leitor, uma vez que ele já está familiarizado, em função das repetições ao longo do tempo, nos diversos meios de comunicação: "A união faz a força", “Só colhemos o que plantamos”; "A toque de caixa”; “No apagar das luzes”; “Tomar um banho de loja”, “Vestir a camisa” e por aí vai... Em casa, no trabalho, em reuniões sociais, todos nós já usamos em algum momento do nosso dia a dia.
Da mesma forma, estamos cansados de ler livros ou assistir filmes para os quais já sabemos o enredo e o final por conta do formato engessado e sem criatividade: o mordomo é sempre o culpado; o problema da trama será resolvido no último momento; o mocinho é sempre o galã, a luz apaga na hora H, etc.
E na profissão? Será que não estamos sendo um tanto clichê? Fazer sempre a coisa do mesmo jeito, sem criatividade, sem buscar o novo, repetindo tal qual já foi executada há tempos. Só porque alguém já fez e deu certo, não é obrigatório repetir a fórmula, temos que nos diferenciar, quebrar paradigmas, ir além das paredes que nos cercam, Ops! Olha ele aqui de novo!
Pois bem, já falamos aqui sobre empreendedorismo, criatividade, inovação, e também já postamos exemplos de muitos projetos surpreendentes e desafiantes dentro da Biblioteconomia.
Trazer atividades diferentes para a biblioteca, atuar nas mídias sociais, propor novas parcerias com os professores, engajar o pessoal de TI no seu projeto, interagir de forma mais sistemática com outras disciplinas e profissionais, enfim, executar a sua ideia antes que alguém o faça, sem medo de ser feliz. E aqui já vai outro clichê...
Ser clichê é cômodo, já temos a receita e é mais fácil acertar, é prático, vimos aqui nesse texto cheio de clichês, mas, que tal sair da zona de conforto?
Ah, não! Clichê de novo? Outra vez, não!
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segunda-feira, 14 de agosto de 2017

BIBLIOTECÁRIO, ENTENDA A DIFERENÇA ENTRE PREÇO E VALOR

Por Fabíola Bezerra

Semana passada postamos um questionamento sobre o valor do trabalho de um bibliotecário. A situação apresentada foi sobre um site que agrupa serviços para profissionais do livro, onde a ficha catalográfica é ofertada com preços “simbólicos” e variados, inclusive por profissionais que não são bibliotecários.
Retomando a esse questionamento, gostaríamos de colocar a questão sobre uma outra perspectiva. A questão agora apresentada se refere a valor e a preço.
O que faz um produto ou serviço valer mais ou menos é a informação e o reconhecimento que existe sobre ele, é importante entender que “preço é o que você paga e valor é o que você leva”.
A solicitação de fichas catalográficas é uma realidade bastante recorrente em bibliotecas universitárias, geralmente em final de semestre. A ficha nos TCC, monografias dissertações ou teses, é um elemento obrigatório e exigido pelos orientadores. Porém, nem todos percebem a sua importância, o seu valor e o que de fato ela representa. Podemos ilustrar contando um exemplo de aluno que chegou na biblioteca solicitando a confecção da “ficha cartográfica”.
A falta de orientação e conhecimento dos alunos e de muitos professores sobre a ficha catalográfica, provoca a busca do serviço pelo preço mais baixo. Por outro lado, como perceber o valor agregado em uma ficha catalográfica se eles desconhecem a sua importância? A maximização de valor da ficha não é papel do professor.
Existe neste processo alguns pontos a questionar e a esclarecer. Algumas universidades criaram ferramentas de elaboração eletrônica da ficha catalográfica, aberta ao público, a custo zero mediante o preenchimento de um formulário com os dados básicos do trabalho. Tudo instantâneo e imediato, geralmente adotam uma classificação geral. A oferta deste tipo de ferramenta aliviou a grande demanda dos bibliotecários das bibliotecas universitárias.
Nesse sentido, como e porque nos sentirmos incomodados pela cobrança da ficha catalográfica a preços irrelevantes?
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segunda-feira, 7 de agosto de 2017

QUAL É O SEU "CALCANHAR DE AQUILES" NA BIBLIOTECONOMIA?

Por Ana Luiza Chaves

A expressão popular "calcanhar de Aquiles" remonta à mitologia grega. A Deusa Tétis, mãe de Aquiles, com a intenção de torná-lo indestrutível, garantindo, assim, a sua imortalidade, o banhou nas águas do Rio Estige, que tinha o poder da invulnerabilidade. Mas, ao segurá-lo pelo calcanhar para fazer a imersão, este lhe foi poupado, tornando-se a única parte vulnerável. Durante a Guerra de Troia, teria sido atingido por uma flecha no calcanhar, recebida do príncipe Páris, levando-o à morte. Aquiles é um herói lendário do mundo grego clássico.
Essa é a versão mais popular desse relato mitológico, havendo, no entanto, outras versões e contradições. Portanto, baseado nesse mito, atribui-se ao "calcanhar de Aquiles" o ponto fraco de uma pessoa, aquele que não se tem o domínio necessário, que é vulnerável.
Trazendo o mito para a realidade profissional, é de bom alvitre que façamos a seguinte indagação para reflexão: Qual é o meu "calcanhar de Aquiles" na Biblioteconomia?

• atendimento ao usuário?
• acesso às novas tecnologias?
• uso das mídias sociais?
• construção de vocabulário controlado?
• serviço de referência?
• catalogação?
• classificação?
• indexação?
• normalização?
• organização de conteúdos?
• uso de repositórios?
• trabalho com bases de dados?
• medo de empreender?
• ...


Não vamos nos deixar ser flechados nesse ponto fraco! Ponto fraco pode ser minimizado e até transformado em ponto forte, se for bem trabalhado. Quantos profissionais se tornaram expert exatamente naquilo que não dominavam antes?
O desconhecido por natureza é instigante, atraente e desperta curiosidade, temos que desmistificá-lo, conhecê-lo, estudá-lo, para depois dominá-lo.
Para começar, temos que refletir sobre o que nos incomoda. Em seguida, apostar na leitura, no crescimento profissional, nas discussões em grupo, nos encontros profissionais, na educação continuada, que se torna ainda mais fácil quando temos à disposição o canal mais democrático para buscar tudo isso.
Vamos navegar e nos banhar por completo no nosso Rio Estige da atualidade!
Vivam todas as possibilidades que temos hoje com a internet! 
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