segunda-feira, 13 de novembro de 2017

DE TANTO EMPREENDER FUI EMPREENDIDA!

Por Ana Luiza Chaves

Iniciei essa jornada no final dos anos 90, com a minha saída do Banco do Estado do Ceará S.A - BEC, quando decidi ser empresária, em função da oportunidade que surgiu na época, oferecida pelo IAV - Incentivo de Afastamento Voluntário, uma versão becista para o famoso PDV - Plano de Demissão Voluntária.
Foram muitos e bem significativos os empreendimentos que se iniciaram no período de 1997 a 2008. Trabalhos, prestação de serviços, treinamentos, consultorias junto à instituições públicas, empresas e grupos de empresas de renome no cenário regional.

Toda essa experiência, que teve como base a minha gestão junto à Biblioteca Geral do BEC, de 1987 a 1997, levou-me a outro caminho a partir de 2008, tão desafiador quanto o do empreendedorismo. É que de tanto empreender fui empreendida! Mas, qual mensagem quero passar com essa frase que intitula essa postagem?
Quero dizer que o empreendedorismo que deu tão certo encantou dois dos meus clientes, enquanto eu executava os serviços a que me propus a fazer para ambos. De um lado 30.000 caixas de arquivo, correspondendo, mais ou menos ao acervo de umas 10 empresas (hoje são mais de 600.000 caixas e quase 200 clientes) e, de outro, uma biblioteca que estava nascendo, pronta para atuar em uma IES, que já nasceu com uma história de quase 50 anos.
Muita responsabilidade! E a pergunta de um deles com a minha resposta imediata e inconteste:
__ Vai encarar?
__ Sim, vou encarar!


E até hoje estou cumprindo essa missão de atuar em duas frentes de trabalho, em um período, junto a uma empresa de gestão documental e guarda terceirizada de arquivos, como analista de projetos de arquivo, e no outro, como bibliotecária, gestora na biblioteca de uma IES.
E essa tomada de decisão de voltar a ser empregada não limita nem diminui o empreendedorismo, pelo contrário, o aporte de duas empresas vencedoras e de uma bagagem acumulada de muitos anos de experiências, possibilitam o intraempreededorismo.
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segunda-feira, 6 de novembro de 2017

BIBLIOTECÁRIO, EMPREENDA COM PROPÓSITOS

Por Fabíola Bezerra

Particularmente, entendo o empreendedorismo como um estilo de vida, um jeito de ser e viver o mundo. Nesse sentido acho curiosa a associação do empreendedorismo apenas com a parte comercial ou financeira do processo.
Empreender, antes de tudo, é uma jornada de autoconhecimento, uma vez que o empreendedorismo nos coloca inevitavelmente em situações novas o tempo todo. 
Definir um propósito é o que nos fará caminhar em direção a um ponto qualquer. Por esse motivo devemos viver e trabalhar com propósitos bem definidos.

O primeiro propósito de vida, ou propósito primário é de ser a gente mesmo, é um despertar para um autoconhecimento, a fim de identificar uma missão como ser humano, é exatamente essa inspiração que nos reconectará com o nosso propósito. É importante focar no propósito primário.
Para empreender vamos precisar desse autoconhecimento, para gerar clareza, a falta dessa clareza sobre nossos propósitos e habilidades é que gera o medo de empreender, o medo usa muitos disfarces e gera muita procrastinação. Podemos aceitar o medo, mas não devemos nos apegar a ele, o medo existe pela falta de clareza, o medo se alimenta do desconhecido.
Paula Abreu, coach e treinadora de desenvolvimento pessoal fala muito da importância do empreendedor “entrar em ação, porque o medo tem receio da ação, a ação gera clareza”, fala ainda da importância de os empreendedores se agruparem, conversarem uns com os outros, trocarem conhecimentos para gerar clareza.
O autoconhecimento nos ajudará a definir os nossos propósitos e a nossa missão pessoal. A autora faz os seguintes questionamentos para nos ajudar a refletir:
• “Quem você é e aonde quer chegar?” 
• “Aonde você se destaca mais?”

Exemplificando: Digamos que você identificou como propósito ou como missão como ser humano, transformar e inspirar a vida de pessoas por meio da divulgação de informações de qualidade. (Propósito primário).
O propósito secundário é o seu trabalho. O seu trabalho deve estar em sinergia com a sua missão como ser humano. O propósito secundário deve estar alinhado com o primário.
Baseado na sua missão (citada acima) você poderá simplesmente estar sempre se qualificando para ampliar e atualizar seus conhecimentos visando um atendimento de excelência.
Enquanto propósito secundário, você poderá usar uma expertise, como por exemplo, dominar as normas da ABNT para simplesmente fazer correção de trabalhos acadêmicos, que poderá ser desenvolvido dentro do seu espaço laboral, ou, uma pessoa te contrata e paga pelo serviço recebido.
Mas, usando sua expertise e alinhando com a sua missão, você poderá, por exemplo, dar autonomia as pessoas por meio de treinamentos, e-books, vídeos aulas, etc., para que elas passem a dominar as normas da ABNT, construindo e disponibilizando conteúdos de qualidades para resolver o problema de alguém.
São maneiras diferentes de aplicar os seus propósitos, na segunda situação, como empreendedor, você terá maiores possibilidades de crescimento, uma vez que o foco é a “dor” das pessoas, ou seja: a solução de um problema. O seu propósito passa a ser apresentar soluções para resolver este problema.
No novo modelo de marketing, o foco não é o produto, mais o benefício. Por isso é importante o propósito no empreendedorismo, pois ele te dará a sensação de estar desenvolvendo uma missão, no lugar de estar apenas marcando ponto.
Sei que não é fácil definir um propósito, mas, procure identificar um propósito que seja nobre, maior do que ganhar dinheiro. Quanto mais gerar valor para as pessoas, mais o dinheiro virá, ele será uma consequência natural do seu trabalho. Quando você transforma a vida das pessoas, você está transformando a sua também. A “receita” é procurar a intercessão entre os seus talentos/expertise e as necessidades do mundo. Nesse sentido Aristóteles afirmava o seguinte: “quando os seus talentos encontram as necessidades do mundo, ali está a sua vocação
Pensem nisso!
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