terça-feira, 26 de dezembro de 2017

RELATÓRIO ANUAL DE BIBLIOTECA, UM “MAL” NECESSÁRIO

Por Fabíola Bezerra

Uma situação bastante recorrente nas bibliotecas todo final de ano são os relatórios, passamos o ano coletando números, fazendo estatísticas disso, daquilo, para finalmente juntar tudo e materializar em forma de relatório anual. Fazemos isto sistematicamente, algumas vezes me pergunto: Por que de coletar tantos dados? Para que coletá-los? Na maioria das vezes só servem para formalizar o relatório anual da biblioteca.
Entendo que toda biblioteca é vinculada a uma instituição e são cobradas por produção. Na maioria das vezes passam o ano inteiro sem receber apoio efetivo da instituição mantenedora, mesmo assim, as estatísticas fornecidas servirão para aumentar o “valor social” da instituição.
Cumprindo as exigências formais das instituições, eu pergunto: o que são feitos efetivamente dos resultados estatísticos de serviços anuais produzidos pelas bibliotecas?
Os softwares de automação de bibliotecas fornecem eficazmente dados de todos os procedimentos realizados pelas bibliotecas, em frações de segundos, apresentam relatórios, gráficos, geram tabelas, fazem comparações, produzem em números tudo o que foi desenvolvido e produzido pelas bibliotecas. Os programas possibilitam gerar infinidades de relatórios estatísticos, exemplifico aqui algumas situações pontuais, para então perguntar:
  • O que são feitos dos dados obtidos se levantássemos por exemplo, qual a obra mais consultada na biblioteca?
  • Quantos exemplares existem disponíveis na biblioteca desta obra?
  • Quantos usuários utilizam esta obra?
  • Quantos estão na lista de espera desta obra?
  • Quantos docentes utilizam esta obra em suas bibliografias básicas?
  • Quantos discentes estão matriculados nas disciplinas que são cobertas por estas bibliografias básicas, sendo, portanto, usuários potenciais destas obras?
  • Qual o ciclo de vida de uma obra muito utilizada?
  • Qual a média anual de empréstimo por obra?
  • Qual o usuário que mais utiliza a biblioteca?
  • Qual o usuário que paga mais multa na biblioteca?
  • Quais são os usuários potencias que nunca utilizaram os serviços da biblioteca?
  • Quais são os livros que foram mais baixados? Qual o motivo da baixa?
  • Quanto tempo cada usuário leva para efetivar um empréstimo? 
  • Quanto tempo cada usuário leva para devolver um livro?

Deixando de lado a aplicabilidade destes dados para fins de relatórios anuais, os gestores de bibliotecas têm em mãos verdadeiras preciosidades de informações para serem aplicadas de maneira proativa. Conheço um ou outro bibliotecário gestor que “coleta e usa” de forma eficiente os dados estatísticos e os transformam em ações prospectivas, dando um diferencial significativo nos serviços de suas bibliotecas.
Vamos dar uma atenção especial as nossas estatísticas, usando-as como ferramentas para melhorar a prestação de nossos serviços e a satisfação de nossos usuários.
Para tanto, devemos, além de responder às perguntas, elaborar conclusões e apresentar soluções e sugestões para tomada de decisão, formando, assim, as bases para o planejamento do ano que se iniciará.
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segunda-feira, 4 de dezembro de 2017

DEZEMBRO CHEGOU!

Por Ana Luiza Chaves

Tempo de refletir sobre o que passou, o que se construiu, o que evoluiu e o que ruiu.
Tempo de deixar para trás as mágoas, os ressentimentos, os sofrimentos.
Tempo de se confraternizar, tempo de presentear, tempo de glorificar.
Sim, porque estamos vivos, fazendo história, deixando na memória. Porque o que foi bom rendeu seus frutos, e o que não foi, valeu pelo aprendizado, pela força, pelo amadurecimento, pelo conhecimento.
Tempo de se preparar para enfrentar o novo ano, de pensar em novo plano, para seguir soberano.
Você bibliotecário, que é mestre em organizar, em registrar, em referenciar, em catalogar em classificar, em estruturar, em indexar, em inventariar e em tantas outras expertises, use todas elas para construir seu planejamento de 2018.
Planejar é importante, nos leva adiante!
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